Professor do IFAM Campus Lábrea lança livro infantojuvenil sobre identidade e ancestralidade

Ronilson de Sousa Lopes, do Campus Lábrea e membro do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI), acaba de lançar o livro infantojuvenil Os olhos de Zuri, publicado pela Editora InVerso.

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O Instituto Federal do Amazonas (IFAM) celebra mais uma contribuição literária vinda de seus corredores: o professor de Filosofia Ronilson de Sousa Lopes, do Campus Lábrea e membro do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI), acaba de lançar o livro infantojuvenil Os olhos de Zuri, publicado pela Editora InVerso.

A obra apresenta a trajetória de Zuri, um menino cego que volta a enxergar após um transplante de córneas. Ao despertar da cirurgia, o jovem descobre não apenas a ausência da mãe, mas também a realidade de ser o único negro em sua família. Essa descoberta o leva a investigar suas origens até encontrar um quilombo no Maranhão, onde memórias, dores e segredos revelam fragmentos de sua identidade.

Em sua busca, Zuri enfrenta sentimentos de raiva, gratidão e pertencimento. Entre a família que o criou e as raízes que desconhecia, ele aprende a reconciliar mundos e a valorizar o sacrifício que lhe deu uma nova visão: os olhos de quem o acolheu.

No posfácio, a professora do IFAM e mestra em Antropologia Social, Francine Pereira Rebelo, provoca reflexões:

“Quais palavras ela teria lhe ensinado? Quais deuses teriam reverenciado juntos? O autor convida o leitor a imaginar não outros finais, mas recomeços — futuros, possibilidades e encontros infinitos. Zuri, como todos nós, reinventa e sonha com múltiplos mundos — mundos em que a diversidade, os quilombos e o povo preto sejam respeitados.”

Mais do que uma narrativa literária, Os olhos de Zuri é um convite à reflexão sobre identidade, ancestralidade e respeito à diversidade.

O autor

Homem negro, nordestino e filósofo sonhador, Ronilson Lopes nasceu em Carolina (MA) e cresceu em Goiatins (TO). É professor efetivo de Filosofia no IFAM Campus Lábrea desde 2015 e doutorando em Letras: Linguagem e Identidade pela Universidade Federal do Acre (UFAC). Com esta obra, busca ampliar o debate sobre identidade e pertencimento, abrindo caminhos para que jovens leitores possam se reconhecer e valorizar suas raízes.

Robson

O IFAM e a educação como semeadura

Assim como os rios que conectam comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas na Amazônia, o IFAM semeia saberes que atravessam fronteiras e inspiram novos mundos. O livro de Ronilson é parte desse movimento: uma educação que não apenas forma, mas também transforma, fortalecendo a dignidade humana como princípio essencial para o desenvolvimento sustentável da Amazônia e de sua gente.